Simpósio internacional Ciclo II CTS/UnB – Estudos CTS – Ciência, tecnologia, sociedade e produção de conhecimento na universidade – 2ª Sessão: Tecnologia, Desenvolvimento e Cidadania – Hernan Thomas

TECNOLOGIA, DESENVOLVIMENTO, DEMOCRACIA: SISTEMAS TECNOLÓGICOS SOCIAIS E CIDADANIA SOCIOTÉCNICA.

HERNAN THOMAS

Prof. Titular da Universidade Nacional de Quilmes, diretor do Instituto de Estudos de Ciência & Tecnologia.

Quais tecnologias são adequadas para gerar soma positiva entre processos de democratização e desenvolvimento? Que tipos não se prestam a isto? Como são construidos seus componentes sociais e ambientais? Como evitar os riscos inerentes a estes componentes? Como gerar uma base tecnológica capaz de viabilizar processos de inclusão socioprodutiva? Como democratizar os processos de concepção de tecnologias e processos técnicos de manutenção das mesmas

Simpósio Internacional Ciência Tecnologia e Sociedade e a Produção de Conhecimento da Universidade – Ciclo II – CTS – 2013

Simpósio internacional Ciclo II CTS/UnB – Estudos CTS – Ciência, tecnologia, sociedade e produção de conhecimento na universidade – Sessão de Abertura

Vídeo da abertura do Simpósio Internacional CTS ciclo ii 2013. O presente e o futuro da Universidade como Instituição Social formadora de Professores e Pesquisadores para Cidadania Ciclo II – Simpósio Internacional Ciência Tecnologia Sociedade – CTS 2013 Canal do Observatório do Movimento pela Tecnologia Social na América Latina – OBMTS.

SIMPÓSIO INTERNACIONAL 2013 ESTUDOS SOCIAIS DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA & A PRODUÇÃO DE CONHECIMENTO NA UNIVERSIDADE – Teoria Crítica da Tecnologia II

A QUEM SE DESTINA

Para entender os conflitos entre docência & pesquisa, ciência básica e tecnociência, vinculações entre desenvolvimento social e o papel da produção de Ciência & Tecnologia para a Sociedade na Universidade brasileira é preciso ir além das narrativas oficiais.

Tanto as narrativas públicas governamentais, quanto as grandes corporações globalizadas descrevem as inovações tecnológicas como a única saída para aumentar produtividade econômica e melhorar as oportunidades de competição no mercado internacional.

Estas narrativas tem sido muito ouvidas no dia-a-dia da nossa mídia impressa e eletrônica, e na academia tem sido tratadas como um “mantra” milagreiro e poderoso, fórmula de sucesso de qualquer empreendimento privado. A maioria conhece bem esta abordagem veiculada pela grande mídia sobre o papel da economia da inovação. Pouco, contudo, se deram conta de que há outras narrativas para explicar a natureza da crise entre produção do Conhecimento na Universidade e a Sociedade.

Uma delas nasceu há cerca de 30 anos e se contrapõem a versões derivadas das narrativas oficiais. Ela vem se desenvolvendo como estudos e pesquisas, metodologias e aportes teóricos que fundaram um novo marco de interpretação sociocultural, mental e epistemológica para entendermos os conflitos acima entre produção de conhecimento na Universidade e Sociedade inclusiva diante do(s) mercado(s) e de outros valores socioculturais.

QUAL A IMPORTÂNCIA DOS ESTUDOS CTS?

Esta nova abordagem busca tanto integrar a análise dos atores que desencadeiam as pressões de poderosos grupos capitalistas atuando no financiamento privado de C&T (patentes e direitos de propriedade industrial e intelectual) quanto também de movimentos sociais diante da Ciência & Tecnologia. Estes últimos buscam redefinir a linguagem e os temas, a percepção e vivência entre sociedade e comunidades de pesquisadores e cientistas pois estas fazem parte da sociedade ampliada, da cultura, das relações de gênero, dos movimentos sociais pela proteção da vida e democratização da gestão tecnológica.

No Brasil e Argentina, Colômbia e Venezuela, Chile e Cuba – além de colegas da Península Ibérica – grande número de profissionais de pesquisa e ensino, educação e comunicação vem lançando mão desta abordagem. Ela atende pelo nome de Estudos sociais de Ciência, Tecnologia, Sociedade – ou Estudos CTS. Emergiu na América Latina nos anos 1970/80 quase ao mesmo tempo da suas linhas similares européias e estadunidense. Contudo, devido à intensa pressão provocada pela maré neoliberal na Universidade no Brasil e Argentina, assim como nos demais países latinoamericanos, esta abordagem conhecida como PENSAMENTO LATINO AMERICANO CIÊNCIA TECNOLOGIA SOCIEDADE – PLACTS, ficou quase inteiramente reprimida.

Ao longo da década de 2000 ela está emergindo e gerando massa-crítica de estudos e pesquisas, metodologias e publicações que legitimam a criação da nova área de Estudos CTS, multidisciplinar aplicada às mais diferentes controvérsias da produção da tecnociência em seus conflitos com a sociedade contemporânea.

Se Você é um jovem docente da universidade pública brasileira, dos institutos federais tecnológicos, professor/a de ensino de ciências e matemática da rede pública e não conhece a abordagem CTS, o futuro da sua carreira pode depender desta nova perspectiva de encarar a produção de conhecimento na Universidade e sua formação científica continuada.

VAGAS LIMITADAS

O SIMPÓSIO CTS 2013 está direcionado (70% das vagas) para pesquisadores e docentes universitários, professores do ensino médio e da rede IFT – institutos federais tecnológicos – técnicos e gestores atuantes em comunidades de ensino & pesquisa, assim como pesquisa-ação com temas e abordagens dos Estudos Sociais de Ciência e Tecnologia no Ensino de Ciências e na Pesquisa de novas políticas de Ciencia e Tecnologia com movimentos sociais e entidades civis,. Comunidades e organismos governamentais que atuam na formação e educação popular junto a base social com experiências significativas de educação, ciência e técnica. 

I Ciclo de Conferências – TEORIA CRÍTICA DA TECNOLOGIA – 2010 – Andrew Feenberg

O Ciclo de Conferências TEORIA CRÍTICA DA TECNOLOGIA (abril-maio/2010) na UnB teve como primeiro conferencista estrangeiro Andrew Feenberg, filósofo da tecnologia contemporâneo (ex-aluno de Herbert Marcuse) e autor de uma obra que há 25 anos vem tecendo diálogo vivo com a herança marcuseana na Escola de Frankfurt. O Ciclo contou com 11 professores brasileiros da UnB e de Centros de Pós-Graduação no Brasil e Argentina. Primeira conferência – 12/04/2010 Bases teóricas para a democratização e a filosofia da tecnologia Andrew Feenberg (feenberg@sfu.ca) Cátedra Filosofia da Tecnologia do Canadá (Universidade Simon Fraser – Vancouver – Canadá) Esta é a primeira das seis conferências que pronunciou na UnB. Feenberg abordou os seguintes temas: Introdução: Articulando tecnologia e democracia como uma tarefa teórica I. Democracia (uma perspectiva cética) II. Abordagens teóricas marcantes III. Instrumentalismo IV. Determinismo: modernização na teoria e no Marxismo V. Substantivismo: aderência de valores e autonomia VI. Teorias Críticas: aderência de valores e controle humano VII. Conclusão Tecnologia e democracia.